Associação Brasileira de Antropologia (ABA)

Diversidade cultural e identidade nacional

Uma das mais antigas associações científicas brasileiras na área de ciências sociais, a ABA, foi criada com o objetivo de reunir pesquisadores e temáticas relativos aos estudos antropológicos realizados no país. A ideia da criação da Associação remonta ao ano de 1948, com a instituição de uma Comissão vinculada ao Ministério da Educação e Saúde, que contou com nomes como: Álvaro Fróes da Fonseca, Edgard Roquette Pinto, Arthur Ramos e Heloisa Alberto Torres, que tinham por objetivo a organização do “Primeiro Congresso Brasileiro de Antropologia”. Este foi organizado em 1953, batizado como 1ª Reunião Brasileira de Antropologia – RBA, realizado no espaço do Museu Nacional. Nesta ocasião, foi lançada a Revista de Antropologia, sob a direção do professor Egon Schaden, da Universidade de São Paulo, uma das principais lideranças da antropologia brasileira no século XX. Na 2ª RBA, ocorrida em Salvador em 1955 se efetivou, enfim, a criação da Associação que permanece até os dias atuais ativa e representativa da categoria disciplinar Antropologia Brasileira. Entre os temas de destaque pautados, debatidos e repercutidos pela ABA destacam-se: direitos indígenas, desenvolvimento e povos tradicionais, Universidades e povos indígenas, gênero e sexualidade, patrimônio cultural e migrações e deslocamentos. Desde sua criação até os dias atuais a ABA tem se preocupado com os debates em torno da construção da identidade nacional, além de capitanear as discussões sobre políticas públicas referentes à educação, à ação social e à defesa dos direitos humanos.